Modelo elétrico ainda é protótipo, mas lançamento é previsto para 2013.
Novo sistema freia o carro sozinho ao tirar o pé do acelerador.

Volkswagen Golf Blue-E-Motion estreia em 2013
“Fabricaremos uma pequena série de carros, porque a tecnologia ainda é muito cara e a autonomia da bateria ainda é um grande desafio. Talvez quando a segunda geração de baterias chegar à produção, por volta de 2030, isso melhore”, diz Gerhard Prätorius, responsável por responsabilidade social corporativa na empresa.
Especialista em sustentabilidade, ele afirma que a mobilidade elétrica será uma opção para os grandes centros urbanos, mas acredita que os motores a combustão terão ainda o papel principal. “Por isso é tão importante o etanol, por exemplo”, diz o especialista, que descarta a substituição de uma tecnologia pela outra.


Volkswagen Golf Blue-E-Motion tem autonomia para
rodar 150 km.
O Portal experimentou o Golf Blue-E-Motion pelas ruas de Wolfsburg, na Alemanha, em trechos urbanos. A proposta da VW com o carro é desenvolver um modelo zero emissão, mas que, ao mesmo tempo, seja atrativo. Por isso a escolha do Golf. A sensação é de estar em um automóvel como qualquer outro, a não ser pela falta de barulho e por alguns detalhes que, conforme vai dirigindo, o motorista percebe.
O fato de ser tão parecido com um carro "normal" pode decepcionar os excêntricos ou aqueles que associam carro elétrico a um modelo totalmente inusitado, como o também protótipo EN-V, da General Motors.
Assim, a inovação do Golf elétrico definitivamente não é estética, mas sim tecnológica. O diferencial mais nítido é o sistema específico para andar em trechos urbanos. Ao colocar a alavanca do câmbio na posição “B”, o freio é ativado sozinho assim que o motorista tira o pé do acelerador. Dessa forma, as baterias são recarregadas com a energia liberada nas frenagens. No começo, é estranho, mas ao se acostumar, é nítido o conforto que isso traz à condução no anda-e-para do trânsito urbano. E o carro desacelera suavemente.

Volkswagen Golf Blue-E-Motion tem motor elétrico de 113 cv
Outro detalhe interessante são as células solares no teto do carro, que geram energia para as luzes internas, por exemplo. O sistema só não consegue energia suficiente para manter o ar-condicionado ligado, mas a Volkswagen ainda desenvolve o dispositivo.
Para completar o pacote tecnológico, a capacidade da bateria é facilmente monitorada por celular. A Volkswagen desenvolveu um aplicativo em que, pelo iPhone, a pessoa consegue à longa distância saber qual é a autonomia e quanto falta para a carga total – enquanto o carro é recarregado —, além de verificar se as portas estão travadas e ligar o ar-condicionado antes de a pessoa chegar ao carro.

Cabo de recarga fica no porta-malas do carro
O único problema, como para qualquer elétrico, é a autonomia. O Golf Blue-E-Motion pode rodar por 150 km com uma carga de bateria, no entanto, isso pode diminuir, dependendo da forma como é conduzido. Futuros concorrentes como o Nissan Leaf e o Mitsubishi i-Miev têm autonomia um pouco maior, de 160 km.
Para fazer a recarga, basta pegar o cabo que fica no porta-malas do veículo e plugar ou na parte lateral ou frontal da carroceria e ligar ao posto de recarga ou à tomada de casa.
Produção também ecológica
Segundo Gerhard Prätorius, somente fabricar produtos com zero emissão não é o suficiente. Além de investir em tecnologias como o carro elétrico, a Volkswagen tem mudado ao longo dos anos todo o processo produtivo para uma forma mais sustentável. Supervisionar tudo isso e buscar novas ideias são duas das funções de Prätorius.
Ele afirma que as fábricas da companhia em todo o mundo buscam soluções ecológicas. Entre elas, Prätorius destaca a pintura com base de água, que já é implementada no Brasil, a geração de energia por meios alternativos, como a eólica, de biomassa e fotovoltaica, a reciclagem de materiais e o uso de garrafas PET e fibras naturais no desenvolvimento de peças.
A meta da Volkswagen é diminuir em mais de 10% o nível de emissões de CO2 de todo o processo de produção até 2013, para assim, em 2015, atingir a redução de 20%.
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