O investimento será de US$ 600 milhões, para gerar uma capacidade de produção de 100 mil unidades por ano. Segundo a JAC, devem ser criados cerca de 3.500 empregos diretos, além de 10 mil indiretos. A data estimada para o início das operações é 2014. Por ora, não há uma definição sobre quais modelos serão fabricados na nova unidade da JAC, e tampouco qual será o índice de nacionalização deles — vale dizer, qual a porcentagem de peças e partes brasileiras usados nos carros. Em tese, a nacionalização pode ir de zero (operação em CKD, ou seja, limitada localmente à montagem dos veículos) a 100%. Habib admitiu que, numa primeira fase, a JAC brasileira terá de importar os motores. Ainda assim, o índice deve ficar acima de 60%.
Mas é certeza que o primeiro modelo que sairá da futura linha de montagem brasileira será inédito, “de volume” (ou seja, de vendas elevadas, que justifiquem a produção local) e preço abaixo de R$ 40 mil.
O QUE É A JAC
A Jianghuai Automobile Company foi fundada na China em 1969, e até hoje é uma empresa de capital estatal — ao contrário da Chery, de capital privado. Louvada pela mídia automotiva chinesa como uma das poucas fabricantes locais com um nível de qualidade compatível com as demandas do mercado global, curiosamente a JAC fabricava apenas veículos pesados, como caminhões e ônibus, até apenas três anos atrás.
De acordo com informações da JAC do Brasil, os produtos da companhia são vendidos em mais de 100 países. O mercado automotivo chinês é o maior do mundo atualmente. Lá, a JAC é hoje a 10ª principal fabricante de veículos, com participação de 3%. As multinacionais General Motors e Volkswagen são as líderes, mas contam com parceiras locais — o que é exigido por lei.
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